COMPENSAÇÕES

O corpo cansado pede repouso. A mente fatigada requer espairecimento. A consciência carregada exige ato introspectivo.

Há mil modos e tentativas de reparar o corpo, aclarar a mente e aliviar a consciência e cada um de nós tem um jeito particular, desde uma prece, uma sessão de relaxamento, a ingestão de remédios até o amaldiçoado uso de entorpecentes.

Qual é o seu método? É-lhe benéfico ou tem sido inócuo e prejudicial? Você ja questionou  o resultado dos seus métodos de compensação? Já pensou em experimentar algo eficaz, de efeito permante? Consta que Benjamin Franklin costumava riscar uma folha de papel em branco, na vertical. À direita anotava todas as desvantagens dos seus hábitos e intenções e, à esquerda, todas as vantagens. Após apurada avaliação decidia de forma quase científica.
Também mantinha o costume de arrancar de si mesmo o por quê e o para quê dos seus atos - qualquer ato! - e acatava fielmente as conclusões.

Santo Agostinho, ao final de cada jornada, interrogava a própria consciência, passava em revista o que fizera, e se perguntava se não faltara a algum dever, e se ninguém nada tinha a se lamentar de suas atitudes.

O poeta Olavo Bilac em belas rimas ensina:
"Reza, e procura o teu leito,
Para adormecer contente;
Dormirás tranquilamente,
Se disseres satisfeito:
Hoje, pratiquei o bem:
Não tive dia vazio,
Trabalhei, não fui vadio,
E não fiz mal a ninguém".

Finalmente Nosso Senhor Jesus Cristo nos oferece, em seu Evangelho, todos os elementos, instrumentos e meios de cavar a nós mesmos, encontrar a essência da magnanimidade e então erguer por inteiro o glorioso e indestrutível Reino dos Céus em nossos corações!

Everaldo Reis Teixeira
tremfantastico.blogspot.com